sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Joinville vai realizar o Dia Mundial Sem Carro


Deixe o carro em casa e se desloque para o centro de Joinville a pé, utilizando o transporte coletivo ou de bicicleta. Esta é a proposta da Prefeitura de Joinville, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Gidion, da Transtusa e do Pedala Joinville para o Dia Mundial sem Carro, comemorado em 22 de setembro (quinta-feira).
O Movimento Sem Carro é uma mobilização mundial, cujo objetivo é incentivar as pessoas a pelo menos um dia da semana ir ao trabalho, à escola, às compras ou ao supermercado a pé, de bike ou de ônibus.
Este ano, a proposta dos organizadores é provocar na comunidade uma reflexão sobre a necessidade do uso racional do carro e das motos e manter as ruas do centro da cidade – Nove de Março, Rua do Príncipe, Jerônimo Coelho, São Francisco e São Joaquim – apenas para a circulação a pé, de bicicleta ou de ônibus. A mobilização vai ter início às 5 horas e término às 18 horas.
A presidente da Fundação Ippuj, Roberta Noroschny Schiessl, afirma que “a mobilidade urbana é um dos carros-chefes do instituto e, por isto, a ação do Dia Mundial sem Carro é importante para levar as pessoas a experimentarem formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover a pé, de ônibus, de bicicleta – e vivenciar de perto a cidade onde vive, ampliando a convivência e experimentando a sensação de menos tempo de deslocamento e mais qualidade de vida”. A mobilização, acrescenta ela, “é para repensar o modelo de cidade, levando em conta questões sociais e ambientais”.
Números que preocupam
Em Joinville, a exemplo de outras cidades, as pessoas estão cada vez mais dependentes dos carros, motos e utilizando menos as demais alternativas de locomoção como bicicletas e transporte público. De acordo com a pesquisa Origem/Destino (OD – Joinville/SC 2009/2010), que verificou as características dos deslocamentos realizados pela população em suas atividades diárias, 34,55% das pessoas utilizam o automóvel, 23% circulam a pé, 21,79% de ônibus, 11,13% de bicicleta e 5,94% de moto. Segundo o Detran/SC (1° semestre de 2011), a frota de veículos também cresceu de 2000 para 2010. As motos aumentaram de 16.794 para 56.710, o veículo individual de 104.875 para 198.499.
O que se constata também é o aumento progressivo do tempo de deslocamento. Em Joinville, a maior cidade do estado, o tempo médio diário de deslocamento vem aumentando vertiginosamente. E a tendência é de piora.
Movimento sem Carro ( Site: www.diamundialsemcarro.org )
Conforme dados do Movimento Sem Carro, a cada ano, em média, mais 15 minutos são agregados a este tempo. As consequências são dolorosas. Cada vez menos tempo para se divertir, curtir a família, amigos e dormir. A qualidade de vida é a maior vítima. No mesmo ritmo piora a qualidade do ar. O aumento dos congestionamentos e a utilização de combustíveis fósseis, que liberam CO2 e metais pesados no ar, ocasionam doenças respiratórias principalmente em crianças e idosos.
O número de acidentados e sequelados também é crescente, principalmente no grupo de motociclistas, ocupando grande parte dos leitos dos pronto-socorros e gerando um custo social gigante. Sem perceber, as pessoas estão ficando dependentes desta forma de locomoção e passam a não sentir a cidade, apenas passando por ela.
Histórico
O Dia Mundial Sem Carro aconteceu pela primeira vez na França, em 22 de setembro de 1997. No Brasil a ação começou em 2001, com 11 cidades participantes: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas (RS); Piracicaba (SP); Vitória (ES); Belém (PA); Cuiabá (MT), Goiânia (GO); Belo Horizonte (MG); Joinville (SC); São Luís (MA).
A proposta do Movimento Sem Carro é incentivar as pessoas a pelo menos um dia da semana ir ao trabalho, à escola, às compras ou ao super a pé ou de bike. Quem começar a tornar essa atitude uma ação concreta, pode ser um integrante do Movimento. Para trechos mais longos, o Movimento sugere a utilização do transporte coletivo. O Movimento também não é contra o carro, mas defende o uso racional desse veículo.

A equipe Nagib Eco's irá comparecer ao local para dar cobertura do Dia Mundial Sem Carro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um mundo sustentável e a escola.

Sustentabilidade é definida como “satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades”. Fica a dúvida: há consciência de que seu comportamento diário inadequado (ex.: desperdício da água, esquecer de desligar computadores, entre outros) também contribui para tais problemas ambientais, como a poluição mundial e as mudanças climáticas? Esses comportamentos insustentáveis ocorrem com mais frequência do que podemos imaginar e em geral são tão perigosos como os desastres ecológicos em grande escala.

Educação é a base insubstituível da formação do caráter e o recurso mais importante para a criação do progresso socioeconômico. Os professores/educadores têm um papel crucial para ajudar a produzir as mudanças sociais necessárias promovendo a ética e a sustentabilidade.

Quais as ações do Brasil em relação à educação ambiental?

Para entender melhor a filosofia brasileira, entrevistamos Eloisa Corrente, supervisora de ensino do núcleo de educação ambiental, da Secretaria de Educação Ambiental Joinville.

O Ministério da Educação apoia projetos de educação ambiental que sejam capazes de fortalecer a educação ambiental nacional. O projeto envolve professores, estudantes e cidadãos em geral, sendo que todos os grupos cooperam para atingir um objetivo comum: a conscientização ambiental. Como podemos verificar nas ações de Joinville, onde educação ambiental é tratada como prioridade nas escolas; onde são promovidas ações como o teatro; onde, de uma maneira divertida, as crianças aprendem a ser cidadãs conscientes e responsáveis pelo futuro. E não somente as crianças, o jovens e a comunidade em geral também são foco de programas geridos pela Secretaria de Educação de Joinville.

O caso brasileiro representa uma proposta interessante a este novo requisito educacional. Envolvendo o ambiente e a sociedade como um todo, esta proposta vem ao encontro da nova mentalidade educacional e estimula a adoção de um comportamento sustentável.

Este artigo foi tirado do Jornal A Notícia
Artigo de: Bianca Francine Pollnow Galvão Ramos